quarta-feira, 14 de março de 2018

Tavapensandoaqui na minha época de massagista



Tavapensandoaqui na minha época de massagista. Quando atuei na massagem, comecei com um curso de Massagem Oriental, que era uma adaptação do Shiatsu para o jeito do brasileiro. Acredito até que foi uma boa sacada, pois o Shiatsu apertava os pontos doloridos do paciente e na Massagem Oriental que aprendemos nós usávamos Acupressura. Seria mais ou menos uma versão do bate e assopra. Eu gostei tanto deste estilo que me envolvi e durante 6 anos eu atuei nessa área, dando aula, montando escola, abrindo consultório e divulgando a técnica com workshops e palestras. Aprendi Quiropraxia, Reiki, Acupuntura e mais algumas técnicas que apareceram. Quando eu atendia, escolhia uma delas para cada problema que o paciente apresentava. Acontece que durante esses 6 anos novas técnicas foram surgindo e continuam a se multiplicar e quando as coisas se misturam fica complicado acreditar que a coisa funciona, perde a credibilidade. Abandonei a profissão depois de ver que os alunos começavam a vir nas aulas de massagem e perguntavam sobre cores, música, odores, incensos, posição das estrelas, numerologia, etc. Nesse ponto imaginei a seguinte situação do paciente de um terapeuta que deseja usar tudo o que aprendeu. O paciente chega ao consultório cuja porta tem um Baguá e dentro tem sinos, Mandala e um cristal pendurados na janela, para vibrar as energias positivas. O Feng Chui é aplicado no posicionamento dos cômodos. O paciente adentra o recinto e é recebido pelo profissional: “Olá, tudo bem, entre.”. “Hummm, escuro aqui né”. “Sim, tenho luzes especiais para ajudar no tratamento”. “Ah tá. Cheirinho bom, né”. “Sim, aplico aromas específicos para movimentar as energias”. “Ah, sei, mas parece meio nublado aqui,”. “Sim, tenho um incenso especial para trazer paz ao ambiente”. “Sei, legal. Barulhinho interessante esse de água”. “Sim, tenho uma fonte elétrica trazida da Índia, decorada com elefantes, para trazer o barulho das cachoeiras”. “Nossa, o que é esse som, parecem baleias”. “Sim, uma musica ambiente de relaxamento toca ao fundo também trazendo os sons da natureza. Deite-se na maca, por favor, vamos iniciar”. O paciente deita-se de bruços, confortavelmente. O terapeuta diz: “Vou lhe passar o óleo artesanal feito com as energias da Floresta Negra da Alemanha”. “Puxa, foram até a Alemanha buscar esse óleo?”. “Ah não, foi feito com a energia da Floresta Negra que fica aqui no sul mesmo, mas as árvores vieram da Floresta Negra original”. “Ah tá. Humm, o que é isso quentinho nas minhas costas?”. “São pedras que são colocadas para liberar as energias ruins”. “Ah tá. Heiii, o que é isso?“. “São ventosas que retiram o sangue ruim acumulado”. “Ai, meu pé! E agora o que é isso?”. “Agulhas, para liberar os canais de energia. Relaxe”. Um estalo se faz ouvir. “Ai! Ai!”. “Sua vértebra estava fixada, apliquei Quiro.” “Ahhh, e agora, suas mãos aqui na minha cabeça?”. “Nossa, como você faz perguntas. Atrapalha o fluir das energias. É Reiki, depois vou aplicar um passe. Fica quietinho, fica.” Terminando a sessão, o cliente sai totalmente renovado e cheirosinho, com alguns hematomas leves. Pensando bem, acho que eu vou procurar um tratamento assim, acho que vou gostar. Saudades desse tempo. Relaxei só de escrever. Desculpe o exagero, essa é uma obra de ficção. Tava pensando aqui...
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