domingo, 22 de janeiro de 2017
Tavapensandoaqui no reality show
Tavapensandoaqui no reality show. Todo início de
ano começa o reality show mais visto e odiado na TV aberta do Brasil. Tem gente
chata que perde seu tempo reclamando (e postando nas redes sociais) dizendo que
quem assiste tem QI baixo, sendo que quem assiste não deve entender o
significado de QI. Não se ofenda com a brincadeira, é só para fazer piada,
assisto sempre que a TV da empregada está sintonizada no canal e pergunto quem
foi eliminado, sem nem saber se é homem ou mulher, se tem barba ou é careca. Veja
quantos deslizes no politicamente correto eu cometi até agora. Chamei de chato
a quem reclama, de burro a quem assiste, citei “empregada” que agora é
secretária do lar e terminei chamando alguém capilarmente prejudicado, de
careca. O “politicamente correto” é que é uma verdadeira chatice. Mesmo sem
assistir ao reality show eu sempre estou por dentro, basta ficar de olho nas
chamadas feitas nos intervalos comerciais ou nas capas das revistas nas bancas
(e claro, pesquisar na internet). Muitos se deram bem ao sair do programa, bons
artistas também foram revelados. Acho uma pretensão de quem reclama do conteúdo
desse reality show, achar que vai postar sua opinião sobre o programa e que
alguém vai se importar com isso, ou seja, tanto faz se é contra ou a favor, a
opinião de quem reclama não vai mudar a opinião de ninguém. Com tantas opções
de assistir o que gosta, para que reclamar do que o outro está assistindo?
Nesse caso, não seria o próprio reclamante a pessoa que está querendo cuidar da
vida alheia, dizendo o que ela deve assistir ou não assistir? Veja o lado bom
da coisa: enquanto a pessoa que gosta do programa assiste e comenta da vida dos
participantes, ela deixa a vida dos outros em paz e não vai comentar nada sobre
você que reclamou. Tantas opções mais cultas têm na TV aberta, mude de canal e
encontre concertos musicais, filmes velhos que podemos chamar de clássicos para
não ofender o politicamente correto, tem novelas de época, telejornais,
programas de variedades, programas vendendo jóia o dia inteiro, tem programas
religiosos em vários canais, programa esportivos repetindo o mesmo gol milhares
de vezes enquanto o comentarista discute se a bola pegou na mão ou foi a mão
que pegou na bola. Veja quantas opções o reclamante tem, somente citando a TV
aberta. Se for para a TV paga então, ele pode aprender que as enzimas se
reproduzem ficando uma “enzima” da outra. Pode obter informações sobre seres
extraterrestres visitando nosso planeta. Pode assistir curta metragem, programas
sobre pescarias, aprender culinária, desde fazer bolos ou cozinhar um
gafanhoto, em vinte canais pelo menos. Ver séries policiais incríveis,
comédias, drama, aventura, infantis, música, desfiles, lugares maravilhosos
para viajar, biografias de gente famosa. Se migrarmos para o que a internet
disponibiliza, não teremos mais restrição nenhuma de tema nem de hora para
assistir a qualquer coisa. Diante de tudo isso, para que perder tempo
reclamando e querendo meter o bedelho na vida de quem gosta de assistir ao reality
show? Quer cuidar da vida alheia, adote um gato que só aí tem 7 vidas para
serem cuidadas. Não é não? Ô chatice. Quem será que vai ganhar esse ano? Tava
pensando aqui...
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