domingo, 11 de setembro de 2016

Tavapensandoaqui no onze de setembro

Tavapensandoaqui no onze de setembro. Quase todo mundo lembra o que estava fazendo quando acontece algum fato relevante, sejam esses fatos uma tragédia ou um feito gigantesco. O que você estava fazendo quando o Brasil perdeu a copa de 1950 em pleno Maracanã? O que você estava fazendo quando o homem pisou na lua em 1969? O que você estava fazendo quando o Brasil ganhou a copa de 1970? Está bem, não foram bons exemplos, você ainda não havia nascido nestes acontecimentos. Então vamos atualizar um pouco, o que você estava fazendo quando o Ayrton Sena morreu? E quando Chernobyl explodiu? Ou na morte da Lady Daiana? O que você estava fazendo quando o Brasil foi Tetra campeão de futebol com os gritos de “é tetra, é treta, é tetra”? Ou quando aconteceu o Tsunami, palavra até então desconhecida no nosso vocabulário? Lembra do 7x1 no Mineirão em 2014? E o que você estava fazendo em onze de setembro de 2001? Lembra desta data? Ou ela não significa nada para você? Hoje faz 15 anos que o mundo parou para ver ao vivo o que estava acontecendo em Nova Iorque. Os dois prédios que um dia foram os prédios mais altos do mundo estavam pegando fogo em plena manhã de um dia normal de trabalho. Cheguei ao meu trabalho na Avenida Paulista, São Paulo, em frente ao prédio de um grande banco americano. Eu era prestador de serviço e trabalhava no prédio em frente onde esse banco americano tinha andares alugados. Ao chegar à minha mesa, ao meu lado uma amiga me mostrou pela internet que um dos prédios pegava fogo. Fiquei olhando para a tela da TV e poucos segundos depois vimos um avião se aproximar e sumir por trás da torre que incendiava. Olhamos incrédulos. Eles estavam transmitindo as imagens ao vivo fazia uns 15 minutos. Começou a agitação geral. Começamos a ouvir as notícias e todos nós não conseguíamos acreditar no que estávamos ouvindo. O segundo prédio estava também pegando fogo. Telefones começaram a tocar. Ordens de evacuar o prédio e de não evacuar o prédio eram transmitidas minuto a minuto. Ninguém sabia se podia ir embora ou se tinha que entregar os serviços do dia a dia. Por volta das onze horas da manhã encontrei uma televisão de uma sala de reunião transmitindo as notícias ao vivo. Entrei e cruzei os braços olhando a TV. Um amigo estava ao meu lado. Neste momento começou a desabar uma das torres e meu queixo chegou a bater nos meus joelhos. O segundo prédio começou a desabar também. O prédio do banco americano em frente ao nosso prédio já estava todo interditado e foi completamente evacuado. Notícias informavam que outro avião batia no Pentágono. Outra notícia dizia que um avião se dirigia para a Casa Branca. Notícia seguinte informava que ele foi abatido antes de atingir o objetivo. Terror. Angústia. Insegurança. Tristeza. Revolta. Covardia. Solidariedade. Vingança. Represália. Sanções. Contra quem? Quem poderia pensar em algo tão aterrador? Sei lá. Um amigo em férias pelo Canadá estava de passagem por Nova Iorque e no dia anterior visitou os prédios. Sortudo ele. Eu visitei as Torres Gêmeas em 1991 em viagem de turismo. Maravilha da engenharia. Sumiram. Viraram literalmente pó. Não foi num piscar de olhos, mas sumiram. Depois deste dia muitas medidas foram tomadas e agora você precisa provar que vai embarcar para os Estados Unidos sem uma bomba na palmilha do seu sapato. O mundo mudou depois deste dia. Você lembra-se deste dia? Tava pensando aqui...

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