sábado, 9 de abril de 2016

Tavapensandoaqui na qualidade ruim do serviço nos tempos de crise

Tavapensandoaqui na qualidade ruim do serviço nos tempos de crise. Nos estabelecimentos comerciais de uma forma geral. Costumo ser bem atendido na maioria das vezes, mas na época atual de crise que estamos vivendo alguma coisa tem mudado. Eu passo por diversos postos de combustível diariamente e vejo muitos frentistas aguardando a chegada de algum veículo para abastecer. Acredito que o movimento diminuiu e que estes estabelecimentos dispensaram vários profissionais para diminuir custos assim como fizeram diversos outros estabelecimentos. Como exemplo, eu tomo café num quiosque todo fim de semana. Três moças faziam o atendimento e no meio do ano passado uma foi dispensada e a partir de lá só duas fazem o atendimento. Se um estabelecimento presta o serviço com uma quantidade de pessoas e reduz essa quantidade, é de supor que em algum momento de pico de clientes a qualidade do atendimento tenderá a cair. Semana passada indo ao serviço de carro, o trânsito parou na direção que eu ia, então eu decidi ir pela transversal pegando um atalho pelo posto de combustível da esquina. Fiz a conversão para entrar no posto e em seguida entrar na rua transversal. Não gosto de fazer isso e quando eu vejo alguém fazendo eu geralmente reprovo. Então ao entrar no posto resolvi parar e pedir para calibrar os pneus. Fazia quase um mês que os pneus não recebiam atenção. Dois frentistas conversavam. Um terceiro estava atrás daquele balcão que recebe os pagamentos em cartão. Parei e pedi para calibrar. Os frentistas que conversavam apontaram para a lateral do posto, indicando onde eu deveria ir igual aquele comercial da TV que o cara aponta onde é o posto para pedir informação. Olhei e achei que era encostado a um muro e quando passei em frente da bomba de combustível escutei um berro e parei. O moço do balcão apontou que na própria bomba tinha um compressor de ar. Desci do carro ficando entre as duas bombas aguardando ser atendido. Nada. Pensei: “o papo deve estar bom, vou fazer eu mesmo e pegar os cinco reais da gorjeta e comprar um café”. Peguei a mangueira do compressor e fui desenrolando e calibrando os quatro pneus. Fazia calor de 28 graus neste estranho começo de abril (outono) de 2016. Na rua uma fila de carros aguardava o semáforo abrir e imaginei o que pensavam eles ao ver um motorista vestido socialmente calibrando seu próprio veículo em um calor desses com três frentistas de braços cruzados. Calibragem concluída eu vi meus dedos pretos com a borracha da mangueira. Peguei o volante com as palmas da mão para não sujá-lo e estacionei o veículo para entrar na lanchonete do posto e tomar meu merecido café. Entrei e peguei um guardanapo para limpar os dedos. Visualizei duas máquinas de café expresso, aquela manual onde o atendente faz o café e uma automática. Pedi um café expresso da máquina manual. A atendente gritou para dentro da loja perguntando se a máquina estava preparada. Disseram que não. Ela disse: “moço, só dessa outra”. Gostei do “moço”. Aceitei e pedi um pão de queijo, mas ao olhar para o local onde ficam não havia nada. Ela me disse que estavam assando. Perguntou-me se eu queria o café na xícara. Confirmei. Ela colocou uma xícara enorme de chá. Apertou o botão e saiu água suja. Ela abriu a máquina, eu agradeci e me despedi dela dizendo que eu estava um pouco apressado. E agora eu me pergunto e eu não me respondo: será que a qualidade do serviço está pior porque temos menos funcionários trabalhando ou é porque os funcionários que ficaram foram os funcionários errados? Tava pensando aqui...

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