segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Tavapensandoaqui nas repetições de situações cotidianas

Tavapensandoaqui nas repetições de situações cotidianas. Um amigo perguntou-me como escrevo as crônicas daqui deste espaço. Ele me disse que gosta muito de ler. Perguntou-me se demora escrever ou é assim direto. Contei pra ele que algumas acabam saindo bem rápido e outras eu acabo guardando e esperando uma oportunidade ou então um complemento que faça dar sentido àquilo que estou tentando passar nas crônicas. Ele então me contou que quando sai de casa encontra seu vizinho quase sempre, moram em casas bem próximas. Ele sai para o trabalho de madrugada e encontra o cara. Ele sai para comprar pão e encontra o cara. Ele volta do trabalho encontra o cara. Volta das festinhas da nossa família, que são muitas, encontra o cara. Até perguntei para ele se o cara trabalhava com ele, né, vai que ele não tenha percebido, mas ele disse que não. E ele me perguntou se esta situação não renderia uma crônica para eu escrever nos meus pensamentos do #tavapensandoaqui. Eu falei que não, pois eu não via como escrever sobre um assunto assim. Como é que eu poderia escrever uma situação destas e transformar em crônica? Se ainda fosse assim algo diferente como acontecem quase todos os dias comigo quando eu passo por uma árvore inclinada na quadra seguinte onde eu moro, até que poderia render uma crônica. Quando vou trabalhar eu viro a esquina da minha casa para ir em direção ao Metrô e tem um prédio com uma grande árvore em sua frente. A árvore fica inclinada na direção do prédio e fica um espaço estreito para se passar pelo local com a cabeça erguida. Para passarem duas pessoas a pessoa menor tem que passar do lado da árvore e abaixar a cabeça. E não é que toda a vez que viro a esquina e me deparo com esta passagem pela frente do prédio tem pessoas vindo pela direção oposta e eu tenho que esperar elas passarem para eu poder passar? Aconteceu isso hoje, onde um casal (cara alto, mulher baixinha) passou primeiro enquanto eu esperei para passar. Não dá pra contornar pela rua pois estacionam carros. E o mais impressionante é que depois de passar a árvore nunca tem mais ninguém. As pessoas sempre estão passando pela árvore no mesmo tempo que eu. Não é estranho? Mas uma situação assim tão simples de encontrar o mesmo vizinho sempre que ele sai de casa ou volta não vai render uma crônica não. Como é que vou escrever um negócio destes? Acho que é raro acontecer esses eventos nas vidas das pessoas. Né não? E você? Consegue identificar situações repetidas no seu caminho diário? Tava pensando aqui...

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